ABSTRACT
Objetivo. Avaliar desinfetantes de uso geral quanto à emissäo de formaldeído, um composto orgânico volátil (COV), altamente irritante e classificado no grupo 2A do IARC como provavelmente carcinogênico para humanos. Métodos. Após a seleçäo do formaldeido como o COV mais tóxico e comum da composiçäo de desinfetantes, através dos dados e informaçöes de rótulo e literatura, procedeu-se à determinaçäo da sua concentraçäo nos produtos, amostragem e mediçäo no ar e após a desinfeçäo de sanitários com produto puro, e analise da legislaçäo brasileira quanto à regulamentaçäo de produtos de limpeza bem como ao controle da Qualidade do Ar Interior. Resultados. O formaldeído foi identificado no 17 produtos coletados nas concentraçöes de 0,1 a 2.2por cento para 16 deles. Um desinfetante apresentou 7,5por cento p/p, resultando em 49mg/m3 no ar (25°C, 760mmHg), tendo sido necessário usar proteçäo respiratória. A concentraçäo no ar durante os 15 minutos inicias para o produto contendo 0,6por cento foi 0,47mg/m3, portanto acima do limite de exposiçäo médio de 0,37mg/m3 (ACGIH/EUA) e do nível de efeito näo observado (NOEL) de 0,25mg/m3 (IARC). Conclusöes. Desinfetantes de uso geral contendo formaldeído podem apresentar riscos à saúde. Recomenda-se retirar o formaldeído da lista de açäo antimicrobiana autorizadas da Portaria- MS N° 15/1988 compatibilizando-a com a Resoluçäo MS N° 176/2000 e definir limites de concentraçäo de COVs totais p/p por categoria de produto. Foi apresentada uma proposta para a criaçäo de um projeto de Prevençäo da Poluiçäo do Ar Interior de abrangência nacional.
Subject(s)
Air Pollution , Disinfectants , Environmental Management , Formaldehyde/adverse effects , Safety Management , Air Pollution, Indoor/prevention & controlABSTRACT
Em funçäo das tendências contemporâneas dos movimentos de globalizaçäo e da surpreendente velocidade com que as mudanças surgem, novas exigências legais, normativas e comunitárias, vêm se impor em nosso país a partir de açöes consolidadas nos países desenvolvidos. Isto se dá tanto no âmbito da economia, na forma de novas relaçöes de comércio e estratégias mercadológicas, e da tecnologia, na forma de normas de qualidade, como também nas mudanças de atitude das pessoas, que têm seu poder de decisäo aumentado pelo rápido e amplo fluxo de informaçäo envolvendo também a variável ambiental. As questöes ambientais relativas à atividade econômica têm entäo ocupado parcela crescente de investimento e esforço, tornando-se um fator diferenciador de competitividade das empresas. A adoçäo de sistemas de gestäo ambiental cada vez mais aprimorados e integrados ao negócio tem se tornado inevitável por parte das empresas industriais. É portanto, necessário e urgente resgatar e analisar o cenário que se definiu no início dos anos 90, a fim de que os vários segmentos da indústria química brasileira em diferentes estágios de desenvolvimento, possam se posicionar frente às exigências de mudança de hoje em termos de gestäo ambiental
Subject(s)
Chemical Industry , Environmental Management , Environmental Health/economics , BrazilABSTRACT
Revisa informaçöes sobre o advento da variável ambiental na indústria e analisa a problemática eco-sócio-ambiental brasileira. Desenha quadro de referência das tendências da gestäo ambiental da indústria química no Brasil e como está se preparando para a certificaçäo ambiental com base nas Normas ISO série 14000. Faz uma reflexäo sobre o grau atual de comprometimento com a qualidade ambiental dos segmentos da sociedade com os quais se articulo o setor. Apresenta estudo de caso realizado com cinco indústria de detergentes. sugere hipóteses para explicar e enfrentar as dificuldades apontadas com relaçäo à gestäo ambiental